Quando fazíamos uma avaliação postural, pensávamos em músculos contraídos e curtos e em fracos e alongados ao redor de uma articulação. Pensávamos que os músculos presos eram fortes e os músculos alongados eram fracos.
Então as alterações estruturais seriam causadas pelos músculos presos/fortes. Hoje sabemos que esta explicação não é suficiente para descrevermos as relações destes músculos em um nível neuromiofascial e sua influência sobre o esqueleto e a função.
Conhecimentos mais atuais trazem os termos como: músculos excessivamente facilitados e excessivamente inibidos. Estes termos incorporam o papel do sistema nervoso em recrutar músculos para estabelecer padrões posturais. Os músculos excessivamente facilitados são estimulados pelo sistema nervoso a se contraírem; os excessivamente inibidos são pouco estimulados pelo sistema nervoso.
Os músculos facilitados acabam excessivamente concentricamente contraídos e curtos; os músculos inibidos são dominados pelos facilitados e são puxados e alongados.
O resultado é um desequilíbrio ao redor da articulação e uma consequente alteração postural.
Certamente, os músculos excessivamente facilitados podem ser descritos como “presos curtos”. Mas não é preciso descrever os excessivamente inibidos como soltos, alongados e relaxados.
Ironicamente, pela demanda constante dos músculos facilitados, os inibidos precisam aumentar seu tônus em uma tentativa de de conter seus efeitos, e acabam ficando presos e excessivamente facilitados.
E assim, temos dois grupos musculares opostos (antagônicos): o facilitado preso curto; e o inibido preso longo.
Em razão da relação de tensão de comprimento de um músculo e sua força, demonstrar que ele é mais forte no comprimento de repouso e mais fraco quando alongado ou encurtado, podemos dizer que ambos os grupos ao redor de uma articulação, quando alterados estarão excessivamente fracos.
Podemos intervir com a terapia manual em ambos, mas fica claro que nosso principal trabalho será nos grupos presos curtos. Bem como, o movimento é peça chave para se “despertar” os grupos inibidos ou presos longos.
Porém a alteração postural será melhorada somente quando estes dois grupos estiverem em equilíbrio.
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Então eu teria que alongar o preso curto e fortaceler o preso longo ( através de movimentos como dito ali)?
Qual a melhor estratégia de exercícios?
Abraços
Olá André, vamos produzir um conteúdo específico para responder sua pergunta ok?
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