Você já parou para pensar sobre o papel do sistema nervoso nas suas abordagens com a terapia manual e/ou movimento visando o tecido fascial?
Este sistema vem mudando quase que completamente a forma de pensarmos e intervirmos sobre o corpo humano. E quanto mais aprendermos sobre ele mais resultados teremos com nossos alunos e/ou pacientes.
Precisamos conhecer profundamente o tecido, e o ser, que pretendemos tratar e acompanhar na jornada rumo a saúde e bem estar. E neste artigo gostaria de compartilhar com você um pequeno resumo do que venho estudando nos últimos dias.
A imagem deste post não faz jus a toda complexidade que envolve a inervação do sistema fascial. Mas nos ajuda a compreender de forma relativamente simples este aspecto tão complexo.
Ou como dizia Einstein: “Vou explicar isso da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso.”
Respire fundo e vamos lá!
A inervação da fáscia é feita pelo sistema nervoso autônomo simpático, predominantemente. Ela é riquíssima em mecanoceptores que levam as informações do tecido fascial para o sistema nervoso central, sobre tudo que está acontecendo no nosso corpo.
E a velocidade com que isso acontece é a velocidade do SOM, superando a velocidade de comunicação do sistema neural.
Sendo assim, vai ficando cada vez mais claro o papel que o sistema fascial exerce sobre a nossa postura e movimento. Já que precisamos adaptar nosso corpo e movimento as demandas do nosso dia a dia de forma constante e rápida.
Os mecanoceptores deste sistema informacional são nossos velhos conhecidos fusos musculares localizados no perimísio, os órgãos tendinosos de golgi, corpúsculos de pacini e ruffini e as terminações nervosas livres (consideradas interoceptores).
O mais incrível é que podemos, através do nosso toque terapêutico, influenciar estes mecanoceptores, essencialmente as terminações nervosas livres e os corpúsculos de ruffini, provocando uma resposta autonômica parassimpática, com mudanças na vasodilatação local e na viscosidade tecidual, juntamente com a diminuição da ativação dos miofibroblastos (células do tecido fascial capazes de se contrair).
O que temos em resposta ao nosso toque é MUITO MAIS A NÍVEL DESSE SISTEMA, do que o efeito mecânico propriamente dito.
Em resposta a um estímulo proprioceptivo, o sistema nervoso pode mudar o tônus muscular, melhorar a hidratação fascial e diminuir a irritação química das terminações nervosas livres que podem ocorrer em processos inflamatórios, melhorando a dor.
Incrível, não é mesmo?
Lembre de salvar o artigo de referência
Tozzi P. A unifying neuro-fasciagenic model of somatic dysfunction – Underlying mechanisms and treatment – Part II. J Bodyw Mov Ther. 2015;19(3):526543. doi:10.1016/j.jbmt.2015.03.002
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