Na minha prática clínica como INSTRUTORA DE PILATES, não é pouco comum o quadro de desordens neuromusculares entre aqueles que buscam pela prática do método.
Diversas condições que afetam o aparelho motor influenciam diretamente o componente neuromuscular, gerando quadros complexos de dores localizadas e irradiadas para outras regiões. Quadros como os de hérnia discal lombar, por exemplo, provocam sintomas locais e irradiados ao longo de membros inferiores. Como consequência, encontra-se o envolvimento de nervos, músculos e fáscias nesse trajeto. Logo, estima-se que a completa reabilitação desse quadro, consiste no tratamento das estruturas envolvidas, diretas ou indiretamente.
Muitas vezes programamos aquela super aula de PILATES, sequenciamento perfeito,exercícios novos, acessórios novos, e nosso aluno chega “descadeirado”(como eles gostam de dizer). O que fazer ? Na minha prática diária, começo a aula com alguma manobra de LIBERAÇÃO MIOFASCIAL, geralmente na região que está “gritando” (doendo) mas tendo em mente que normalmente quem grita não é o bandido, não é?! Olhar o aluno como um todo, corrigir e alinhar, aliviar sua dor, liberar o tecido miofascial, fortalecer…Ufaaaaa!!!! Aluno satisfeito e instrutor feliz por ter cumprido sua missão.
Diante desta situação fica cada vez mais clara a necessidade de planos de tratamento mais holísticos, abrangendo o ser humano como um todo e não somente suas partes isoladas. Com base em estudos, entende-se que o método PILATES consiste em uma filosofia baseada no uso da consciência corporal para a realização do movimento de forma harmoniosa, promovendo associação com a respiração, gerando movimentos fluídos, com menor gasto de energia e menor risco de lesões. Com base nos princípios do método, observou-se que é possível aliviar quadros álgicos da coluna vertebral, melhorar desequilíbrios musculares e, por fim, a postura.
Em regiões muito exigidas este tecido tende a se tornar mais espesso e rígido, até mesmo impedindo que nossos movimentos tenham liberdade, fluidez e harmonia.
É muito comum em nossas aulas de PILATES, percebermos que nossos alunos não conseguem mover determinado segmento da coluna, por exemplo, apesar de todos os nossos esforços, chega um ponto em que o aluno não consegue evoluir. Estas restrições podem ocorrer em qualquer região do corpo, em minha prática diária, além das restrições de mobilidade de coluna, também percebo muita limitação em amplitude de movimento de ombro por exemplo. E cá pra nós, em virtude do uso de smart fones e do posicionamento da torácica em hipercifose, para relatar um mínimo de alterações, cada vez mais veremos ombros rígidos.
Mas então, como ajudar meu aluno a evoluir ainda mais nas aulas de pilates?
A LIBERAÇÃO MIOFASCIAL, liberta o corpo para o livre exercício de suas funções.
Através do toque e de uma pressão exercida de forma lenta e gradual, conseguimos alterar o tecido fascial para que ele exerça livremente sua função e liberte as estruturas do corpo que precisam de movimento.
Lembre-se, a fáscia envolve cada célula do nosso corpo. Se em algum ponto ela estiver espessada e rígida, restringirá nossa liberdade de movimento e causará dor.
Como envolve todo corpo, pode causar alterações em vários segmentos, alterando inclusive nossa biomecânica natural.
Por esta razão é tão importante associar a LIBERAÇÃO MIOFASCIAL ao PILATES, a fim de devolver ao corpo uma biomecânica natural, com menos gasto energético e portanto, mais saudável.